Historial do Grupo Amador de Teatro da Tocha

As origens do Grupo Amador de Teatro da Tocha ninguém as sabe ao certo, e também não existe nenhum documento escrito onde estejam registadas. São os elementos antigos com mais anos de casa que contam, entre as memórias que ainda surgem, os momentos mais marcantes de que há lembrança.
Os ensaios decorriam na antiga sede, localizada na Rua Dr. José Gomes da Cruz. A primeira peça foi levada à cena na década de 60, no antigo Grémio de Instrução e Recreio da Tocha, onde se realizavam os bailes (no actual café Esplanada), mas a continuidade perdeu-se.
É na década de 70, pelas mãos de Júlio Garcia Simão, encenador e antigo funcionário do Rovisco Pais, que o Grupo de Teatro ganha novo alento. Mais tarde é substituído por Américo Guimaro, que levou à cena a peça "A Forja", também encenada no Festival de Teatro de Montemor-o-Velho.
Segue-se novamente um período de interregno, onde apenas se fazem alguns "sketches", para em 1984 Júlio Campante, de Coimbra, mas casado com a professora de primária da Tocha, dar uma nova dinâmica ao Grupo Amador de Teatro, que com ele começou a actuar em palcos um pouco por todo o país.
O bichinho do teatro ficou de vez, e já na sede da Associação Recreativa e Cultural 1º de Maio da Tocha, "o salão encheu-se um punhado de vezes". A população aderia aos espectáculos e é com o Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede que a participação no certame se consolida, ficou apenas marcada por um interregno de um ano, em 2003, devido a um vazio de direcção instalado.
O Grupo de Teatro Amador da Tocha já levou oa palco diversas peças de diferentes estilos, tais como "A Casa dos Pais", "Entre Giestas", "A Mala de Bernardete", "Serão Homens Amanhã", "Há Horas Diabólicas", "As Duas Cartas", "Uma Sardinha para Três", "Terra Firme" e "Frei Thomaz". Regressam este ano com "A Forja", levada a palco na década de 70.


XIII Ciclo de Teatro Cantanhede 2011

O grupo Amador de Teatro da Tocha, inserido nas actividades da Associação Recreativa e Cultural 1º Maio, vai apresentar neste ciclo de teatro a peça "A Forja", um drama em 3 actos, onde também os restantes grupos de outras regiões do concelho irão apresentar as suas peças. Este ciclo de teatro é uma forma de divulgar a arte e cultura dos nossos tempos, tanto antigo como moderno, onde cada grupo irá representar e apresentar a sua peça em outras localidades, para que essa divulgação aconteça.

A FORJA

Trata-se de um drama em três actos de autoria de Alves Redol, uma das mais representativas do seu tempo.
A peça conta a história de um ferreiro com 4 filhos, 3 dos quais trabalham arduamente com o Pai na forja, até ao limite das suas forças. O mais novo, com apenas 10 anos, anda na escola. Um dos filhos adoece gravemente e fica sem forças para continuar a trabalhar juntamente e os irmãos, vindo mesmo a falecer. Um outro filho também adoece e consegue convencer o irmão mais velho a abandonar a casa, porque senão acontece a mesma sorte do irmão que faleceu. Vendo-se sozinho, o Pai tenta levar o filho de 10 anos para trabalhar consigo na forja, mas a Mãe não deixa. Confrontado com tal situação, o Pai começa a beber constantemente, ficando também sem forças para continuar o seu trabalho. A Mãe e o filho mais novo, perante tal situação e a pedido do seu filho João, igualmente abandonam a casa como já tinha sucedido com o seu filho António!



ENSAIO DA PEÇA "Falar Verdade a Mentir" DE 2010






ACTUAÇÃO DA PEÇA "Falar Verdade a Mentir" DE 2010









O PÚBLICO APLAUDIU CALOROSAMENTE OS ACTORES DO G.A.T.T.